segunda-feira, 25 de abril de 2011

As Mudanças do Costa

Este foi o 25 de Abril dos Presidentes da República. Pela primeira vez todos os ex-presidentes se juntaram ao actual, para discursarem à Nação.


Mas, o Arquitecto decidiu juntar a este “ramalhete” de Presidentes, um potencial futuro Presidente desta nossa República…


Isso mesmo! O Dr. António Costa em pessoa.


Já que o Dr. António Costa não fala com os Arquitectos da CML, decidimos ir ouvir o que andava a dizer aos outros…


E, como podereis constatar, ideias e vontade de mudanças não lhe faltam… é mesmo "o homem das mudanças"!


O seu pensamento e as suas preocupações ultrapassam em muito os limites da Cidade de Lisboa…


Sobre uma Autarquia metropolitana…







Sobre as competências do Poder Central e Autárquico.




Sobre a Santa Casa da Misericórdia




Sobre os custos da capitalidade




Sobre a Organização Municipal





Amanhã há mais... discurso…

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Costa das Mudanças


Há uns tempos atrás dizíamos nós que o Dr. António Costa iria ficar para a História como “O Presidente arrumador”!


Hoje, já não temos tantas certezas… muito provavelmente, irá ficar conhecido como “O Costa das Mudanças”…


A mudança do seu gabinete de trabalho está a dar que falar. Nós lemos a notícia no Jornal de Negócios, Ionline, Sol e no Expresso (com vídeo).


Todos falam da sua polémica mudança. Ficámos a saber que a renda é de 5.600 euros mensais e que a Câmara adiantou o pagamento por dez anos no valor de 672 mil euros. Nas várias notícias não se consegue perceber qual foi o valor das obras efectuadas e a sua relação com o valor pago ao proprietário. Mas… também não é muito importante. Afinal de contas, foram só 672 mil euros mais todos os outros custos associados a uma mudança desta envergadura.


Tendo em conta a “bondade” da iniciativa o Dr. António Costa até considera que o valor foi baixo.


Aquilo que também não percebemos (limitação nossa concerteza) é porque é que o aluguer foi feito por dez anos, adiantando o pagamento, quando o Sr. Presidente afirmou que só tem intenção de lá ficar nos próximos dois anos…


Se houver alguém que nos saiba esclarecer ficamos desde já agradecidos.


Mas, por último, aquilo que não percebemos mesmo, é porque é que o Sr. Presidente António Costa foi fazer este investimento numa propriedade privada quando, no mesmo Largo, o património da CML se encontra neste estado…











Momentos de silêncio e solidão

Ultimamente temos escrito muito menos.


Os tempos que vivemos não são propícios à discussão dos assuntos que levaram à criação deste Blogue. Há demasiado ruído!


Todos nós andamos demasiado ocupados para nos preocuparmos com a situação profissional degradante e humilhante, dos Arquitectos camarários.


A situação do País é aquela que todos sabemos… e a situação da Câmara de Lisboa também é aquela que sabemos. E mais não digo,… para não perturbar todos aqueles que andam tão atarefados, a preparar o nosso promissor futuro. A eles, o nosso muito obrigado pelo seu esforço humilde e desinteressado.


Amanhã voltarei aqui para escrever sobre as mudanças… hoje prefiro a solidão… e, (apesar da repetição) hoje é este o “estado de espírito”…


quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Transfiguração

A transfiguração mais famosa do mundo é a narrada na Bíblia ((Mt 17, 1-9 Mc 9, 2-10 Lc 9, 28-36). Nas descrições feitas consta que o rosto de Jesus “resplandecia como o Sol, e a suas vestes tornaram-se brancas como a luz."


É difícil de acreditar mas é mesmo verdade!


A Transfiguração não é um fenómeno com dois mil anos! A Transfiguração é uma realidade actual, e eu sou testemunha! Nos dias que correm, nos Serviços da CML, estão sempre a acontecer transfigurações. Muitos rostos, repentinamente, começaram a resplandecer como o Sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz…


Mas, nem tudo é perfeito, e como é dito pela Professora Minerva nos Livros de Harry Potter, “a transfiguração é uma das mais complexas e perigosas formas de magia” pois, há sempre a possibilidade, da pessoa se transfigurar em porco, ou mesmo noutra coisa pior...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Requalificação do Jardim do Campo Grande e do edifício Caleidoscópio

Uma parceria com a Universidade de Lisboa e um investimento (previsto) da CML no valor de dois milhões e setecentos mil euros (2.700.000,00 €).


O Vídeo da Divisão de Comunicação e imagem da Câmara de Lisboa


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Chegou “Entre cacos e pedaços”

Não é mentira! Finalmente este Blog vai ter uma voz diferente. O anónimo que deu origem ao post anterior aceitou o nosso convite/desafio de escrever alguns textos neste Blog.


Vai ser, com toda a certeza, uma voz diferente.


O Arquitecto da CML gostou do nome escolhido: “Entre cacos e pedaços”!


É mesmo isso! Por aqui só costumam andar uns cacos e pedaços de nós próprios.


Aqui fica o nosso obrigado e… bons textos.


Seja bem-vindo


O texto seguinte é da autoria de “entre cacos e pedaços” e foi enviado por e-mail. Os próximos já serão colocados directamente pelo seu autor.



"Sem dúvida que se avizinham tempos difíceis. O pedido de ajuda externa, ontem proferido pelo Sr. Primeiro-ministro é o primeiro passo para a austeridade económica que se irá sentir no nosso país.


Certamente os media passam a mensagem que mais lhes convém e também, de certa forma a mais tenebrosa. Mas é preciso estarmos alerta. É preciso que nos consciencializemos dos apertos que aí virão. E como refere, a redução de ordenado poderá ser uma realidade a curto prazo. Assusta-me, sem dúvida. E assusta-me mais por também saber que há milhares de pessoas em condições mais precárias.


No entanto considero que nesta fase tão tumultuosa que atravessamos, e olhando para o caso da Grécia e Irlanda, julgo que temos que ser positivos e encontrar formas de não ser parte do problema, mas sim da solução (peço desculpa pelo cliché, mas adapta-se na perfeição).


É nesta óptica que acredito que a mudança que está a decorrer na CML pode ser positiva para todos se, naturalmente, excluirmos as politiquices, como referi e acreditarmos que seremos parte da solução. Acredito que é preciso reanimar os funcionários, voltar a pensar que o serviço público é válido e demais importante para a vida das cidades e do país.


Temos que nos auto-valorizar, já que anda tanta "gentinha" a desvalorizar o nosso trabalho. O descrédito é total e porquê? Naturalmente porque tivemos má gestão governamental, despesismo, etc... Mas nós funcionários, não deixamos de ser pessoas de valor, pessoas que têm vontade de empenhar-se por uma cidade melhor e com uma qualidade de vida acima da média. Não só financeira, mas no seu espaço público, no parque habitacional, na integração social, nas questões de mobilidade e acessibilidade, segurança, entre todas as outras valências que nos compete acompanhar enquanto funcionários públicos.


Desta forma, continuo a ser positivo e acreditar, mesmo com os problemas que refere. Quero empenhar-me por uma Lisboa mais justa e equitativa. Uma Lisboa onde apeteça vir à rua conhecer o vizinho, onde as pessoas queiram viver.


Nos tempos que correm é um desafio herculiano, mas com o empenho de todos nós, lá chegaremos...


Bem hajam e mantenham-se positivos.”



"entre cacos e pedaços"


Dar valor a quem o tem


Este Blog foi criado há mais de dois anos com o objectivo de dar visibilidade a uma série de realidades extremamente injustas que são impostas aos Arquitectos Camarários.


Neste já longo percurso, temos sido extremamente críticos da actual gestão camarária em relação a várias questões, das quais se destaca, a ausência de resposta às questões por nós colocadas. Questões estas, que nos prejudicam profissional e economicamente.


A frontalidade com que assumimos as nossas posições tem-nos valido as mais fortes e violentas críticas e os mais rasgados elogios.


Ao longo de dois anos temos escrito muito sobre o nosso dia-a-dia na Câmara de Lisboa e, como é natural, sobre a reestruturação dos Serviços em curso.


Agora, e a propósito da nossa “mentira” do dia 1 de Abril, recebemos este comentário que aqui transcrevo:


“A sua insatisfação pelo serviço público leva-o a desacreditar que ainda há pessoas com valor e com vontade de trabalhar, o que não deve ser o seu caso. De qualquer forma, o seu sarcasmo é a forma mais desestabilizadora que pode existir numa altura de mudança... Leia "Quem mexeu no meu queijo" e tente identificar-se com os personagens... é um exercício bastante interessante.


Independentemente de politiquices há funcionários públicos que ainda têm vontade de trabalhar, mesmo que não existam aumentos de ordenado... E esta hem?”


Não tínhamos intenção de escrever mais sobre a reestruturação dos serviços mas este comentário a isso nos obrigou.


Todo o grupo redactorial deste Blog (com o meu voto contra) quer agradecer ao anónimo as suas simpáticas palavras ao considerar “que o nosso caso” não deve ser o de pessoas com valor e vontade de trabalhar.


Todos nós ficámos mais descansados ao saber que ainda há pessoas com vontade de trabalhar mesmo que não existam aumentos de ordenado (Deveria ter escrito “apesar de haver redução de ordenados”). E, julgo que nesta sua última frase se esqueceu do “valor”. Ou será que só têm vontade?


Em relação a “Quem mexeu no meu queijo?” tenho que admitir que, na verdade, é um exercício interessantíssimo. Eu sempre fui um fâ de livros de motivação pessoal. No final do século passado fiz mesmo uma terapia de grupo com base na história deste livro. Adorei!!! E, digo-lhe mesmo: fiquei muito melhor e muito mais motivado.


Depois dessa terapia tenho praticado a “mudança” mais ou menos de três em três anos. Asseguro-lhe que tem sido muito agradável! Cada vez que fazemos reestruturações e mudanças as coisas melhoram e os “queijos” são maiores e mais saborosos…


Agora, nos tempos que correm e para quem não conhece a história, falar do livro só pelo título pode levar a outras interpretações…


Bom,… como diz, “independentemente de politiquices”, nós gostamos de dar valor a quem o tem! Por isso, e considerando que o anónimo se considera com valor e vontade de trabalhar (apesar da redução de ordenado), temos um desafio para lhe fazer:


Não quer escrever uns textos para este Blog sob pseudónimo?


É fácil, muito motivante, não dá curriculum e tem a vantagem de em termos económicos não ganhar rigorosamente nada.


Escrevendo aqui os seus textos teria a oportunidade de compensar a desestabilização que infelizmente os nossos textos provocam, e que desde já pedimos desculpa, pois não era nossa intenção desestabilizar o árduo trabalho, que os nossos desinteressados colegas, estão a desenvolver para nosso bem e para bem da nossa querida Cidade de Lisboa.


O convite está feito! O e-mail está aqui na coluna da direita.

terça-feira, 5 de abril de 2011

São muitos os convidados


Vivemos tempos difíceis. E nós, que trabalhamos no Urbanismo de Lisboa, devido à reestruturação em curso, vivemos tempos muitíssimo difíceis.


É nestas alturas que mais se revela aquilo que há de melhor e de pior no ser humano.


Por vezes, perante aquilo que vemos durante o dia, a melhor forma de mantermos alguma sanidade mental é chegarmos a casa e abrir um bom livro. Hoje foi um desses dias: cheguei a casa e abri a Bíblia para ler um pouco… e deparei-me com esta frase:


“São muitos os convidados, mas poucos os escolhidos” (Mt. 22, 1-14)


Interessante! Não podia vir mais a propósito…


Como é interessante ver o que o Senhor fez aos convidados que não aceitaram o seu convite… isto para não falar daqueles que, aceitando o convite, se apresentaram no banquete de forma inadequada demonstrando falta de preparação, inconsciência e irresponsabilidade…


Palavras antigas mas, sem duvida, com muita actualidade. Tal como ontem, hoje há muitos convidados, mas os escolhidos (conscientes, responsáveis e preparados) continuam a ser muito poucos…

domingo, 3 de abril de 2011

O Render da Guarda


Mais uma vez, os serviços da Câmara Municipal de Lisboa entraram na fase cerimonial do “Render da Guarda”.


Os actuais Guardas preparam-se para serem rendidos por uma nova guarnição.


O cerimonial começa com as tradicionais reuniões de despedida e agradecimentos… a auto avaliação é positiva e a multidão de funcionários prestou um óptimo serviço… o serviço, apesar das grandes dificuldades, melhorou substancialmente… blá-blá, blá-blá, blá-blá,…


Todos ficam satisfeitos e a auto estima sobe exponencialmente fazendo esquecer o SIADAP, a redução de vencimento, todas as amarguras passadas e a miserável situação económica e profissional em que se encontram.


Como sempre, o agradecimento da Instituição, ao trabalho desenvolvido, é pouco ou nenhum. Os Guardas de saída, disfarçam o cansaço e a revolta, tentando manter a pose. A sua revolta é contida porque ainda subsiste a esperança de que na próxima rendição voltarão à sua posição de Guardas.


O ritual segue com a preparação dos tradicionais almoços de despedida aos Guardas de saída – há que ser politicamente correcto e nunca se sabe o futuro…


Enquanto decorrem os preparativos, a multidão esforça-se por tentar perceber quem serão os novos Guardas. Toda a atenção é pouca e todos tentam ser os primeiros a saber quem são… é o seu futuro que está em causa! Todos querem ter o Guarda melhor e mais compreensivo… rezam para que o seu novo Guarda pelo menos continue a permitir que coma a sua refeição da marmita na secretária… pelo menos isso…


O Cerimonial continua com as reuniões de apresentação dos novos Guardas e explicação dos novos objectivos.


Aquilo que se pretende – como sempre - é diferente de tudo o que foi feito até aqui!


Eles chegam cheios de energia, ideias e inovação… tudo vai ser diferente para melhor.


Os novos Guardas apresentam-se altivos e afirmativos e os mais jovens, seduzidos pelas regalias e pelo aumento salarial, tentam disfarçar a insegurança da primeira vez…


Estão seguros do que querem, e pensam na sua autoridade e capacidade de trabalho, para vencerem os desafios que se avizinham… mal sabem, contudo, que mais parecem os ingénuos Judeus a caminho das câmaras de gás convencidos de que iam tomar um simples banho.


Infelizmente, a generalidade destes Guardas, está convencida do seu mérito e das suas capacidades, não tendo percebido ainda, que são eles quem mais vai perder. Acabaram de dar o segundo passo para a sua completa transformação em simples medíocres.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

As voltas da vida

As voltas da vida ou as partidas que a vida nos prega.


A vida é mesmo assim… está sempre a pregar-nos partidas… por vezes, quando menos esperamos, lá nos acontece mais uma que não estávamos à espera.


Desta vez, foi mesmo uma grande surpresa… nada o fazia prever. Sem mais nem menos… o telefone tocou… uma reunião inesperada e um convite: “O Arquitecto está disponível para aceitar um cargo de Direcção numa UIT (Unidade de Intervenção Territorial)?”


“Não é verdade! Isto não me está a acontecer! Será possível que não saiba o que o “Arquitecto da CML” tem andado a escrever nos últimos dois anos?” – pensei com os meus botões.


“Não! Não é possível! Estão a tentar comprar-me. Estão a ver se me calo!”


A conversa continuou… as intenções, mais uma vez, são óptimas! Foi-me fornecido um “documento de trabalho”… o guião estava quase perfeito… vejam só os principais valores, ou seja, o que nos irá reger… os princípios que irão orientar a nossa actividade:


- Qualidade de Serviço


- Confiança do munícipe/cliente


- Iniciativa, capacidade de resposta e bom-senso (que tanta falta nos tem feito)


- Solidariedade


- Trabalho em parceria com a comunidade


- Transparência


- Probidade (equidade, imparcialidade, integridade, justiça, rectidão)


Digam-me lá, quem é que pode recusar uma “oferta” com estes valores e princípios?


Claro que, todas as outras regalias que incluem um substancial aumento de vencimento e uma progressão automática na carreira não interessam nada…


Perante estes valores e estes princípios como poderia o Arquitecto recusar tão desinteressado convite?


Desta vez é que vai ser! Com o “Arquitecto da CML” na Direcção as coisas vão melhorar. Prometo que agora vai ser feita justiça!


Desta vez é que é! Desta vez nem nos vamos lembrar da crise nacional, nem que estamos na banca rota.


Desta vez é que é!


Desta vez é que vai ser!