quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Arquitecto e a Igreja

Como todos sabem, sou Arquitecto!

Nos meus tempos de formação tive o azar de ter, o agora colega, Troufa Real como professor. Não gostei! Nem do professor, nem da pessoa!

Como todos sabem (aqueles que acompanham este Blog) sou Católico!

Como Católico, e pela imagem que aparece na notícia, parece-me ser mais uma aberração sem sentido, a proposta daquela coisa como Templo de Culto Católico.

Como poucos sabem, eu sou autor do projecto de Arquitectura de duas Igrejas Católicas já construídas. (Espero não vir a ter mais um processo disciplinar por causa disso!)

Também eu tive alguns (pequenos) problemas com o colega Diogo Lino Pimentel – que pelos vistos lá continua agarrado ao... ainda bem para ele! Felizmente a Comissão de Arte Sacra deu-me razão!

A questão é complexa! Não é fácil projectar Templos religiosos católicos nos dias que vão correndo. Há demasiados intervenientes e interesses...

Mas, continuo a ter a opinião de que as Igrejas Católicas só deveriam ser projectadas por Arquitectos com formação e VIVÊNCIA da religião católica.

Será que Troufa Real e Siza Vieira cumprem esta condição? Julgo que não. Dificilmente as suas obras serão fonte inspiradora duma vivência do catolicismo...mas nunca se sabe...Deus escreve direito por linhas tortas e quem somos nós para criticar?

3 comentários:

Anónimo disse...

A igreja em forma de barco que Troufa Real desenhou para o Alto do Restelo, e cuja construção começou ontem, "dá muito nas vistas", admite o arquitecto que preside ao departamento do patriarcado encarregado de dar parecer sobre os novos templos.

"É um edifício que se impõe. Uma igreja dos nossos dias deve ser mais discreta", observa Diogo Lino Pimentel, director do secretariado das novas igrejas do patriarcado. Mas, segundo o mesmo responsável, já não há nada a fazer, uma vez que a decisão de permitir a sua construção foi há muito tomada pela hierarquia eclesiástica.

Mais um favor aos amigos do avental por parte de Diogo Lino Pimentel, este nosso colega por diversas vezes demonstrou não estar a altuar do cargo que ocupa. A igreja em Portugal e no mundo vai pagar caro esta sua tentativa de "up-to-date", desrespeitar e não compreender um espaço sagrado de quem quer se recolher, com fé é imcompativel com espaços gerados por arquitectos, ateus, maçonicos e com outros problemas psiquicos.
É lamentável que o pastor da Igreja Portuguesa não saiba compreender o seu rebanho, esperemos que novamente seja chamado ao Vaticano para um novo puxão de orelhas.

Anónimo disse...

É mais um desastre que a CML ajudou a patrocinar!
A Igreja que aprovou, pode sempre, ... e ainda se arrepender a tempo, ... e invalidar tamanha aberracção, que nunca irá totalmente para a frente, esperemos, por falta de dinheiro.
Tristemente, ninguém na CML o soube parar/chumbar, defendendo já não digo a Igreja e a sua bolsa, mas sobretudo - a própria cidade - dos fenómenos cada vez em maior número - Trofas e afins.

Numerobis disse...

Como arquitecto egípcio politeísta, é claro que tenho milhares de deuses, não me contento só com um!
Mas se tivesse a lata de fazer um templo daqueles em honra a Osiris, a Cleópatra deitava-me aos crocodilos!!!