segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Canícula de Lisboa

Há acontecimentos e factos do nosso dia-a-dia que nos estão sempre a surpreender. São notícias espectaculares pela sua bondade, principalmente pela sua maldade, e por vezes pela forma como nos são descritas pelos jornalistas.


Nesta notícia do Público, encontrei particular interesse na forma como a jornalista Ana Henriques nos descreve o passeio de bicicleta intitulado como a “primeira edição lisboeta da World Naked Bike Ride”.


A Jornalista começa por nos informar que “mesmo com as partes pudendas tapadas, por causa…”


Gostei! Gostei principalmente das “partes pudendas”! Bonito… fiquei com pena de serem “tapadas”… se fossem destapadas… “as partes pudendas” eram muito mais interessantes!!!


Mais à frente afirma:


«“O trânsito em Lisboa é obsceno, mas o nosso corpo não”, proclamava um dos cartazes da iniciativa. Trajado com cartola na cabeça e lenço palestiniano amarrado em cima dos trusses puídos, um inglês a residir em Portugal indignava-se com a “estupidez da proibição” do nudismo…»


Pessoalmente, não tenho nada contra a nudez… não tenho nada contra o trânsito… e ao contrário do que é dito não considero nem uma coisa nem outra obscena! Agora, aquela do “lenço palestiniano amarrado em cima de trusses puídos”… calma… nada de exageros: isso já é um pouco obsceno e estúpido, não pelos trusses puídos mas sim pelo lenço palestiniano.


E para agravar a situação… dar a entender que um Inglês – que veio para Portugal – nos veio chamar estúpidos por causa de uma qualquer proibição… assim começa a ser demais… Para estúpidos neste mundo, já nos chegam os Ingleses!!!


Mas, a Ana Henriques estava inspirada! Deve ter sido do calor que se fazia sentir…vejam só a continuação:


“Depois juntou-se à marcha que arrancou do Parque Eduardo VII e só parou em Belém, apesar da canícula que se fazia sentir.”


A explicação sobre a canícula vem na Wikipédia e diz que:


“A população mais vulnerável é constituída por idosos e doentes mentais…”


O acontecimento começa a ficar explicado…


Mas, para compor o ramalhete faltava a Arquitecta pudica:


«"Provavelmente só viria sem a parte de cima. Sou um bocado pudica, tal como os polícias que não nos autorizaram a vir nus", admitiu Ana Brütt, 28 anos, arquitecta desempregada e uma das organizadoras.»


O Arquitecto da CML não conhece a colega Ana Brütt… mas, esteja à vontade, pois nós na Câmara de Lisboa não somos como os ditos polícias… apareça sempre… sem parte de cima ou mesmo sem parte de baixo. Actualmente estamos numa de Urbanismo de Proximidade... Deixe-se de “pudiquices”… diria Ana Henriques.

1 comentário:

Joana, Lisboa disse...

Caro arquitecto da Câmara,

pudendo
(latim pudendus, -a, -um)
adj.
1. Envergonhado.
2. Que o pudor deve recatar. = pudico
3. Relativo aos órgãos genitais.