quarta-feira, 22 de julho de 2009

O ESTÁDIO UNIVERSITÁRIO

O Estádio Universitário, como sabem, está integrado ou faz parte daquilo a que chamamos Cidade Universitária.

Por aquilo que tenho observado nos últimos anos esta vasta área é um caos urbanístico total! São passeios no meio da rua que fazem com que os carros quase não possam passar (Ligação da Faculdade de Ciências ao Hipódromo), são blocos de betão no meio das ruas (Junto à Faculdade de Medicina Dentária) são pilaretes por todo o lado...são espaços verdes totalmente abandonados e cheios de lixo. É um estacionamento caótico!

Afinal quem é que é o responsável por toda esta área? É a CML? Ou será outra entidade ou entidades?

As fotos que se seguem são tiradas da Azinhaga das Galhardas e mostram as grandes movimentações de terras que estão a ser efectuadas neste momento no interior do Estádio Universitário. As árvores que existiam (grandes e pequenas) foram cortadas e arrancadas.
Alguém sabe para que são estas obras todas?

Nós desconfiamos! Vai uma aposta? Aceitam-se propostas...

7 comentários:

Anónimo disse...

campo de golfe??

Anónimo disse...

Visito pela primeira vez o blog, que aplaudo.Nada como alertar as massas para o que se vai "não" fazendo ou mal.Este exemplo do Estádio Universitário, não merece crítica ou preocupação, na medida em que o nosso "costa" anda a arrumar a casa, e cumprindo assim a tão desejada remoção de areias e lixos, de poente para levante, ou lá o que isso possa vir a ser.Quando o Santana chegar, o espaço fica disponível para um futuro festival Super Bock Super CML/Rock, ou mesma para uma concentração de Barbies nacionais.

"O Arquitecto" disse...

Já passou algum tempo e eu vou desvendar o mistério.

Não é um campo de golfe!

É um campo de treino!... de Golfe, para jovens universitários!
Esta foi a resposta que me deram por escrito.
O sentido ecológico, de bom senso, de economia de recursos (a água é um bem precioso e escasso)são para esquecer!
O que fazia mesmo falta aos jovens universitários era um campo de treino de Golfe!
Por mero acaso ouvi dizer, há dias,na rádio, que não existe uma única pista de atletismo (reconhecida) na área metropolitana de Lisboa!
Mas, o que é que isso interessa? O importante é mesmo o Golfe para os jovens universitários!

Anónimo disse...

Caro "Arquitecto", gostaria de o saudar pelo seu blog, mas não posso deixar de fazer alguns reparos. Efectivamente o EUL encontra-se a construir um campo de treino de Golfe, para jovens universitários e, sem prejuizo destes, da restante população, aliás como é política geral do EUL. Onde foram arrancadas árvores grandes e pequenas, foram também limpos canaviais e outro tipo de vegetação brava, que nada tinham a ver com o restante espaço verde do EUL, o que o tornava um espaço inutilizado e mal tratado. Foram também plantadas algumas dezenas de novas árvores que irão certamente crescer e voltar a dar um enquadramento ecológico ao local. O desenvolvimento do golfe enquanto modalidade, merece tanto respeito e atenção como o basquetebol, o futsal, atletismo, natação ou outro qualquer desporto. Por último convido-o a visitar o EUL, física ou virtualmente (www.eul.mctes.pt) para que possa constatar a existência não de uma, mas de duas pistas de atletismo que existem nos 40 hectares que o EUL tem de dimensão.

Anónimo disse...

Campo de golfe no meio da cidade... Um desporto elitista de baixo valor atlético, elevados custos (espaço, manutenção, ambientais), em detrimento dos outros desportos com muitos mais praticantes a menor custo.
Deviam era revitalizar o circuito de manutenção e criar novos percursos nesta área, o que beneficiaria atletas profissionais, amadores, caminhantes e os muitos milhares de pessoas que disfrutam dos espaços do EUL.
Acho escandaloso esta utilização de dinheiros públicos. Para benefício de uns poucos prejudica-se a maioria. Sim, porque não só não se investiu noutras coisas como os corredores ficaram sem o percurso interior e agora têm de correr a dois metros da Azinhaga das Galhardas disfrutando da poluição atmosférica, sonora e visual.
Para quem não sabe o autor do projecto do campo de golfe é João Roquette, filho de José Roquette. É um adepto do golfe e trabalhou na Merryl Linch, um dos gigantes financeiros na base da crise financeira que teve de ser salvo.
Sai um campo de golfe para os amigos? Talvez para fazer mais alguns negócios desastrosos....

Anónimo disse...

VERGONHA EM 3 ACTOS:
1_ PERIGO: as bolas vao para a estrada e para as pessoas que correm na pista. solucao uma rede enorme que vai deixar a zona feia e fechada!! nao percebem nada de golfe, so pode

2_ BARULHO: um taco de golf as 8h da manha de um sabado, vai ser um som bonito para os vizinhos da quinta dos barros.. sim senhor, bem visto!!

3_ COMISSOES: vejam este ficheiro e percebam como ha derrapagens nas obras.. alguem se esta a financiar.serao os campos de golf do Sr Roquete, no alqueva??
http://www.eul.pt/fotos/editor2/6043_2009_tevilis.pdf

minderico disse...

Um post interessante que Retrata os portugueses modernos:
ignorantes, desconfiados, invejosos.
A ideia de que o golfe é um desporto elitista (faltou a referência ao IVA nos green-fees) e de «baixo valor atlético» diz tudo sobre pessoas que se atrevem a criticar o ordenamento urbano e a criação de um espaço de actividade desportiva aberto à população em geral.
Imaginar o campo de pitch & putt do E.U. a financiar as obras do Alqueva conduz-nos ao estado supremo da conspiração capitalista contra a ecologia, as árvores, os charcos e o lixo do nosso contentamento.
Os Roquettes avançam contra o povo e ameaçam acordá-lo às 8 da matina com salvas de ferro 8.
Fiquei bem disposto com esta visita. Continuem.