domingo, 3 de abril de 2011

O Render da Guarda


Mais uma vez, os serviços da Câmara Municipal de Lisboa entraram na fase cerimonial do “Render da Guarda”.


Os actuais Guardas preparam-se para serem rendidos por uma nova guarnição.


O cerimonial começa com as tradicionais reuniões de despedida e agradecimentos… a auto avaliação é positiva e a multidão de funcionários prestou um óptimo serviço… o serviço, apesar das grandes dificuldades, melhorou substancialmente… blá-blá, blá-blá, blá-blá,…


Todos ficam satisfeitos e a auto estima sobe exponencialmente fazendo esquecer o SIADAP, a redução de vencimento, todas as amarguras passadas e a miserável situação económica e profissional em que se encontram.


Como sempre, o agradecimento da Instituição, ao trabalho desenvolvido, é pouco ou nenhum. Os Guardas de saída, disfarçam o cansaço e a revolta, tentando manter a pose. A sua revolta é contida porque ainda subsiste a esperança de que na próxima rendição voltarão à sua posição de Guardas.


O ritual segue com a preparação dos tradicionais almoços de despedida aos Guardas de saída – há que ser politicamente correcto e nunca se sabe o futuro…


Enquanto decorrem os preparativos, a multidão esforça-se por tentar perceber quem serão os novos Guardas. Toda a atenção é pouca e todos tentam ser os primeiros a saber quem são… é o seu futuro que está em causa! Todos querem ter o Guarda melhor e mais compreensivo… rezam para que o seu novo Guarda pelo menos continue a permitir que coma a sua refeição da marmita na secretária… pelo menos isso…


O Cerimonial continua com as reuniões de apresentação dos novos Guardas e explicação dos novos objectivos.


Aquilo que se pretende – como sempre - é diferente de tudo o que foi feito até aqui!


Eles chegam cheios de energia, ideias e inovação… tudo vai ser diferente para melhor.


Os novos Guardas apresentam-se altivos e afirmativos e os mais jovens, seduzidos pelas regalias e pelo aumento salarial, tentam disfarçar a insegurança da primeira vez…


Estão seguros do que querem, e pensam na sua autoridade e capacidade de trabalho, para vencerem os desafios que se avizinham… mal sabem, contudo, que mais parecem os ingénuos Judeus a caminho das câmaras de gás convencidos de que iam tomar um simples banho.


Infelizmente, a generalidade destes Guardas, está convencida do seu mérito e das suas capacidades, não tendo percebido ainda, que são eles quem mais vai perder. Acabaram de dar o segundo passo para a sua completa transformação em simples medíocres.

8 comentários:

Anónimo disse...

Dá para acreditar que um tal Sá Machado vai ser promovido a Guarda!
Lambe botas sempre foi. Incompetente também! Devem ser estas as qualidades dos novos guardas!!!
Que Deus nos guarde desta cambada de imbecis.

Anónimo disse...

O Sá Machado não é só lambe - botas e incompetente.

Fala-se em corrupção...

Mas este deve ser um dos critérios de escolha pelo que...

Anónimo disse...

Quando se nomeia uma reconhecida abécula para secretário geral da maior câmara do país está tudo dito. Volta Santana que estás perdoado...

Anónimo disse...

Então nem se fala da qualidade da incompetência da Graça Fonseca. É de ir às lágrimas com a reestruturação que fez e com o bluf que é a Universidade do Minho.
Volta Santana que estás perdoado

Anónimo disse...

Vocês são engraçados, se sabem que há corrupção

http://www.cpc.tcontas.pt/

Revelem-na. Lutem contra a corrupção, não sejam cobardes e não voltem as costas....

Anónimo disse...

Trata-se de corrupção funcional e não material, logo o TC tem pouco a ver com este assunto.

Anónimo disse...

Usando uma expressão por mim ouvida durante algum tempo..." Vamos aceitar os desafio e fazer...coisas, assim nada fica com dantes!".
È mais ou menos isto que esta restruturação quer fazer, Tenho receio, que alguns Guardas fiquem perdidos no meio de tanta politica!

Anónimo disse...

Não se pode perder tempo com as cobardias de seres humanos deficientemente construídos, que só escondidos no anonimato mandam as "bocas" que lhes apetece. Infelizmente de positivo não têm nem podem ter NADA. Saudades dos tempos medievais (ou até anteriores)em que este tipo de cobardias não tinham lugar na sociedade, e a acontecerem eram resolvidos de HOMEM para homem.
Não me identifico exactamente porque quem aqui deixa atitudes/comentários destrutivos não merece saber quem é a MULHER ou HOMEM desta forma lhe responde.