Todos sabemos que o Australiano Julian Assange tem sido o rosto do site Wikileaks que tem realizado a maior divulgação, alguma vez feita, de documentos confidenciais altamente comprometedores.
A fuga de informação confidencial dos Estados Unidos e de muitos outros países ocidentais, bem como, a sua divulgação nos media, tem criado o maior mal estar em todo o mundo diplomático, nas relações internacionais e de uma forma mais global tem afectado gravemente a própria segurança do mundo em que vivemos.
Também, todos sabemos, que Julian Assange está acusado ou é suspeito de abusos sexuais na Suécia.
O que eu não sabia, e julgo que a maioria dos leitores e visitantes também não sabe, é o que Fernanda Câncio afirma no JN:
“Claro que quando vemos o advogado sueco de Assange reagir à publicação, pelo The Guardian, de documentos policiais inéditos relativos ao processo em que o australiano é acusado com uma queixa formal à polícia no sentido de esta investigar como «material tão sensível foi passado [leaked, no original] à imprensa» e acrescentar «não gosto da ideia de que Julian seja colocado na situação de ser julgado nos media»...”
É impressionante!
Que tipo de argumentação é esta?
Por um lado, ele (Assange) pode divulgar conversas e opiniões privadas e confidenciais, julgando na Imprensa, todo o mundo diplomático e político, chegando mesmo a colocar em causa a segurança de Estados... mas, no seu caso pessoal, em que o que está em causa é o eventual abuso sexual de duas pessoas, a “fuga de informação” para os media é material sensível que o seu advogado julga dever ser investigado! O Senhor Dr. Advogado não gosta da ideia de que Julian seja colocado na situação de ser julgado nos media...”
Não há paciência para esta dualidade de critérios!
Afinal, quem é Julian Assange e quais são os seus interesses?
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