O Reino há muito que estava desactualizado. A função pública mantinha uma organização ainda de outros tempos e tornava-se urgente tomar medidas de modernização. Os funcionários viviam em edifícios diferentes e havia muita discriminação: havia um para os de 2ª Classe, outro para os de 1ª e assim sucessivamente.
O Rei decidiu alterar esta situação e alojar todos os funcionários no mesmo edifício. Deste modo, todos eram tratados de igual forma acabando-se com a discriminação das classes.
Conforme os méritos de cada um, os funcionários, eram alojados nos andares sendo a valorização feita pela altura dos andares, pois estes, há medida que ião subindo, iam tendo melhor vista.
E assim foi, o Rei ordenou a construção do edifício e a instalação dos funcionários de acordo com os méritos de cada um.
Porém, o Autarca Mor da Capital do Reino, viu o que o Rei tinha feito e não gostou. “O quê? Esta corja de ladrões e preguiçosos, a viverem em andares? Já vos digo...”
Imediatamente, ordenou que a instalação dos seus funcionários fosse feita entre os andares, pois desta forma até a Autarquia ficava a ganhar economizando nos gastos de manutenção.
E assim foi.
Os funcionários da autarquia passaram a viver nas escadas do edifício sem terem acesso aos andares que o Rei tinha decidido que eles deviam ocupar.
Quando lhes perguntavam: “Em que andar é que te colocaram?” A resposta era sempre: “Eu estou entre o X e o Y”.
A partir de agora iriam ser avaliados e se não fossem trabalhadores, obedientes e servis, até já estavam mais perto da porta da rua.
Lá fora, todos pensavam que eles viviam nos andares atribuídos pelo Rei.
domingo, 10 de maio de 2009
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