“A ideia de que para sermos modernos temos que imitar os outros”
É verdade, mas é triste! Há várias gerações que estamos a criar e a incutir na nossa sociedade a ideia de que temos que imitar os outros para sermos modernos.
A abertura do nosso país ao exterior depois do 25 de Abril de 74, e a necessidade de aproximação ao desenvolvimento dos outros países ocidentais, mais desenvolvidos e modernos, levou-nos a abdicarmos do espírito crítico, da livre iniciativa, da criatividade e imaginação, e naturalmente começámos a copiar modelos exteriores de forma cega e rápida, para, rapidamente, atingirmos os níveis de desenvolvimento dos outros.
Como diz Mia Couto (referindo-se aos Africanos de Moçambique) “mais do que uma geração tecnicamente capaz, nós necessitamos de uma geração capaz de questionar a técnica. Mais do que gente preparada para dar respostas, necessitamos de capacidade para fazer perguntas.”
Infelizmente, nós ainda continuamos a apostar e teimar que o importante é criar uma geração tecnicamente capaz e que dê respostas rápidas às nossas necessidades. O discurso oficial assim o diz e todos nós, em coro, confirmamos.
Temos que nos tornar iguais aos outros: Beber Coca-Cola, comer Hamburguers no Mac Donald’s, comer Pizzas na Piza Hut, calçar Adidas, ter um computador com Windows da Microsoft, enfim...consumir tudo aquilo que as multinacionais americanas e europeias nos trazem para casa através da televisão e dos Centros Comerciais.
Na Arquitectura temos que ser como os outros e de preferência com os mesmos Arquitectos dos outros...
A valorização dos valores da nossa cultura e a nossa capacidade critica e criativa fica para outras gerações que não as actuais...
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