Há muitos anos atrás, o meu pai não me permitiu seguir o Curso de Direito!
Na altura, disse-me:
"Não te pago esse Curso porque me recuso a criar um filho mentiroso e desonesto!"
E, como se não bastasse, dizia ainda: "O curso de Direito é só para os burros, para aqueles que não pensam pela sua cabeça!"
Passados todos estes anos sou levado a admitir que o senhor tinha alguma razão!
Até hoje, já conheci muita gente dessa e todos se enquadram nos parâmetros definidos pelo meu pai: normalmente são burros, mentirosos e desonestos!
Ao contrário de meu pai, julgo que haverá excepções...
Mas, o actual Bastonário da Ordem dos Advogados não faz parte das excepções!
É burro, mentiroso e desonesto!
Finalmente, a classe encontra-se bem representada!
Esta guerra a que estamos a assistir com os Juizes é um dos exemplos.
Estão a tentar "queimar" toda uma classe profissional da forma mais medíocre, primária e desonesta que alguma vez vi (melhor, só com o que se passa com os Arquitectos camarários).
A culpa, de tudo o que apontam aos Juizes, não é objectiva e realmente deles! Antes pelo contrário!
A culpa do que se passa é do Poder político (constituído essencialmente por Advogados) e dos Juristas medíocres – licenciados em Direito - que fazem as leis deste País.
Mas, como o Senhor Bastonário é burro, mentiroso e desonesto ainda não percebeu (?) o que se passa...
4 comentários:
Agradou-me saber que em Portugal ainda há pessoas que sabem pensar. Deixo-lhe este atalho, onde poderá ver o Sr. Bastonário a dizer algo radicalmente oposto ao que diz agora.Regista-se que as declarações foram produzidas em Julho de 2008, sendo que o relatório agora publicado diz respeito a esse ano: http://www.youtube.com/watch?v=QeIb86Tr-yc&feature=player_embedded
Carlos
Acho que o Sr. Arqto. está a passar das marcas!!
Lamento que tenha tal opinião sobre uma classe profissional que à semelhança de todas as outras tem bons e maus profissionais, tem profissionais burros e inteligentes e muita gente honesta e leal.
E, Sr. Arqto, está-se a esquecer, que seria de nós sem o apoio de Advogado ou do Jurista, para nos esclarecer e defender dos nossos proprios actos.
Afinal se os advogados não fossem tão inteligentes, aliás um pouco mais que a maioria dos mortais, não nos poderiam eximir ou desculpar de tanta hipocrisia, de tanto erro, e tanto acto impróprio.
Esclareço-o, Sr. Arqto., que o actual poder politico não é constituido maioritariamente por Advogados...
Longe vão esses tempos!!!
Quando este país era governado por juristas, licenciados em direito, advogados, não se via tanta aberração!
Agora é só Engenheiros!!! Economistas, (quiçá Arqts?).
AH! A propósito Sr. Arqto., o meu pai disse-me a mesma frase que o seu pai, sobre os advogados.
Porém, orgulho-me muito de fazer parte das excepções!
Meu caro anónimo, respondo-lhe com as palavras de José Régio:
"Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !"
Vós tendes marcas, plataformas, segurança e estabilidade,
Eu tenho o meu querer e a minha vontade!
Eu amo o sonho e a miragem!
É isto que diferencia um Arquitecto de um Jurista:
A "Liberdade da criação e o sonho" em oposição ao não "passar das marcas"!
Será que o seu sonho também "passa das marcas"?
Enganai-vos Meu Caro!
Estais muito longe da verdade!
Cada um tem o seu sonho, a sua miragem...E advogado que se preze não tem marcas, plataformas..., vive dia-a-dia, na instabilidade e na insegurança, quer da decisão dos tribunais, do pagamento dos seus honorários, das proprias instituições...Mas é o preço do seu sonho!
A luta do Advogado, apesar de ter algumas amarras, dá muita adrenalina.
Principalmente quando se faz justiça!!!
Arqto, concordo consigo quando diz que vocês são muito diferentes de nós; de facto o que diferencia o jurista do "arquitonto" (perdão, do arquitecto), é que nós sabemos sonhar.
Somos realistas.
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