A grande notícia, de hoje, era as acusações de desespero dos concorrentes às Europeias! O Vital disse que o PSD está desesperado e logo o candidato do PSD - o Rangel - veio dizer que quem está desesperado é o Vital.
Até parece que é pecado estar desesperado!
Ninguém, neste país, quer dizer que está desesperado! É incrível!
Tanto desempregado, tanta miséria, tanto subsidio de sobrevivência (Rendimento mínimo garantido)...mas ninguém diz que está desesperado!
É caso para dizer: "a esperança é a última coisa a morrer."
Há uns tempos atrás o saudoso "Deputado" também acusou o "Galego" (e este Blog) de estar desesperado. Que curioso. Será que está na moda acusar de desespero aqueles que não estão de acordo connosco?
Pois, meus caros visitantes...eu estou desesperado! Assumo esse grande pecado...estou desesperado!
E estou desesperado, não por este Blog, mas por experiências de vida que me foram impostas. Não gosto de falar da casos particulares, mas como estou desesperado, vou contar-vos uma das minhas experiências, que me levam ao desespero.
Em 2003, fui brutalmente atacado ao murro e pontapé por um vizinho. Sem qualquer razão evidente, o meu vizinho não ia com a minha cara, e decidiu partir-me a cara num dia à noite à porta da minha casa.
Eu, que sou católico, não podia vingar-me e pura e simplesmente atropelá-lo, ou dar-lhe um tiro, ou de forma mais simples, contratar um tipo para lhe partir a cara. A minha religião não me permite esse tipo de atitudes!
Por esse facto, sendo uma pessoa (parva) que tenta respeitar a Lei, recorri a um Advogado e coloquei um processo criminal em cima do indivíduo. Paguei ao Advogado as consultas e o início do processo.
O Advogado considerando que eu era uma pessoa respeitável pediu (sem me pedir opinião) 25.000 euros de indemnização.
Passado um ano e depois de várias peripécias como por exemplo a localização e identificação do atacante (que por mero acaso continuava calmamente a viver na casa ao lado da minha e a fugir à polícia evitando qualquer identificação ou notificação) o indivíduo lá foi julgado!
Foi julgado e considerado culpado!
Boa! Afinal há justiça neste país! O tipo foi condenado a pagar-me uma indemnização de 3.000 euros! O Juiz considerou que ficou provado que o sujeito me atacou sem qualquer motivo e me deu uns murros! Ainda há juizes com bom senso! Muito bem!
Passadas uma semanas desta euforia, ridícula, recebi em casa uma conta de custas judiciais. Não conseguia perceber! Afinal, como "eu" tinha pedido 25.000 euros de indemnização e o indivíduo só foi condenado a 3.000 euros, eu tinha que pagar a percentagem das custas respeitante a 22.000 euros e o dito cujo (condenado) a percentagem respeitante à condenação (3.000). Digam lá que não há justiça?
O indivíduo recorreu para a Relação e eu paguei, novamente, ao meu Advogado para estar presente. O indivíduo não apareceu e o Advogado dele também não. A Relação confirmou a sentença!
Passados uns meses e não tendo recebido nenhuma notícia (nem dinheiro) contactei o meu Advogado a perguntar o que se passava. O que me foi dito é que tendo em conta que o indivíduo não tinha cumprido a sentença a única coisa que nos restava era colocar um processo de cobrança judicial.
E eu, parvo, como sempre, em vez de mandar dar uma coça ao dito cujo, decidi avançar com o referido processo de cobrança judicial. Paguei as consultas ao Advogado e voltei a pagar (no multibanco) as custas da cobrança judicial.
Passados uns meses recebi uma carta onde novamente me pediam o pagamento de mais uns euros para despesas de fotocopias, telefonemas e diligências...porque se não o fizesse, o processo de cobrança judicial não prosseguiria!
E eu continuei a pagar!
E...assim estou...até hoje! Já gastei mais de 6.000 euros em despesas de Advogado, custas e tribunal e o imbecil que, um dia, decidiu bater-me, deve continuar na maior...tal como o nosso sistema de justiça "democrática".
Perante esta história (verdadeira), de seis anos, como querem que eu tenha esperança?
Nunca irei receber qualquer indemnização. Antes pelo contrário!
Quem não se encontraria desesperado, nesta situação?
Isto não é política nem funcionalismo público...podem comentar à vontade...ninguém vos vai incomodar por comentarem.
Não têm nada a dizer a um DESESPERADO, que foi...e continua a ser...enganado?
Até parece que é pecado estar desesperado!
Ninguém, neste país, quer dizer que está desesperado! É incrível!
Tanto desempregado, tanta miséria, tanto subsidio de sobrevivência (Rendimento mínimo garantido)...mas ninguém diz que está desesperado!
É caso para dizer: "a esperança é a última coisa a morrer."
Há uns tempos atrás o saudoso "Deputado" também acusou o "Galego" (e este Blog) de estar desesperado. Que curioso. Será que está na moda acusar de desespero aqueles que não estão de acordo connosco?
Pois, meus caros visitantes...eu estou desesperado! Assumo esse grande pecado...estou desesperado!
E estou desesperado, não por este Blog, mas por experiências de vida que me foram impostas. Não gosto de falar da casos particulares, mas como estou desesperado, vou contar-vos uma das minhas experiências, que me levam ao desespero.
Em 2003, fui brutalmente atacado ao murro e pontapé por um vizinho. Sem qualquer razão evidente, o meu vizinho não ia com a minha cara, e decidiu partir-me a cara num dia à noite à porta da minha casa.
Eu, que sou católico, não podia vingar-me e pura e simplesmente atropelá-lo, ou dar-lhe um tiro, ou de forma mais simples, contratar um tipo para lhe partir a cara. A minha religião não me permite esse tipo de atitudes!
Por esse facto, sendo uma pessoa (parva) que tenta respeitar a Lei, recorri a um Advogado e coloquei um processo criminal em cima do indivíduo. Paguei ao Advogado as consultas e o início do processo.
O Advogado considerando que eu era uma pessoa respeitável pediu (sem me pedir opinião) 25.000 euros de indemnização.
Passado um ano e depois de várias peripécias como por exemplo a localização e identificação do atacante (que por mero acaso continuava calmamente a viver na casa ao lado da minha e a fugir à polícia evitando qualquer identificação ou notificação) o indivíduo lá foi julgado!
Foi julgado e considerado culpado!
Boa! Afinal há justiça neste país! O tipo foi condenado a pagar-me uma indemnização de 3.000 euros! O Juiz considerou que ficou provado que o sujeito me atacou sem qualquer motivo e me deu uns murros! Ainda há juizes com bom senso! Muito bem!
Passadas uma semanas desta euforia, ridícula, recebi em casa uma conta de custas judiciais. Não conseguia perceber! Afinal, como "eu" tinha pedido 25.000 euros de indemnização e o indivíduo só foi condenado a 3.000 euros, eu tinha que pagar a percentagem das custas respeitante a 22.000 euros e o dito cujo (condenado) a percentagem respeitante à condenação (3.000). Digam lá que não há justiça?
O indivíduo recorreu para a Relação e eu paguei, novamente, ao meu Advogado para estar presente. O indivíduo não apareceu e o Advogado dele também não. A Relação confirmou a sentença!
Passados uns meses e não tendo recebido nenhuma notícia (nem dinheiro) contactei o meu Advogado a perguntar o que se passava. O que me foi dito é que tendo em conta que o indivíduo não tinha cumprido a sentença a única coisa que nos restava era colocar um processo de cobrança judicial.
E eu, parvo, como sempre, em vez de mandar dar uma coça ao dito cujo, decidi avançar com o referido processo de cobrança judicial. Paguei as consultas ao Advogado e voltei a pagar (no multibanco) as custas da cobrança judicial.
Passados uns meses recebi uma carta onde novamente me pediam o pagamento de mais uns euros para despesas de fotocopias, telefonemas e diligências...porque se não o fizesse, o processo de cobrança judicial não prosseguiria!
E eu continuei a pagar!
E...assim estou...até hoje! Já gastei mais de 6.000 euros em despesas de Advogado, custas e tribunal e o imbecil que, um dia, decidiu bater-me, deve continuar na maior...tal como o nosso sistema de justiça "democrática".
Perante esta história (verdadeira), de seis anos, como querem que eu tenha esperança?
Nunca irei receber qualquer indemnização. Antes pelo contrário!
Quem não se encontraria desesperado, nesta situação?
Isto não é política nem funcionalismo público...podem comentar à vontade...ninguém vos vai incomodar por comentarem.
Não têm nada a dizer a um DESESPERADO, que foi...e continua a ser...enganado?
3 comentários:
Boa noite. Fiel à promessa. Diria para meu prazer. De facto este desabafo de desespero é tão bem fundamentado, que é caso para dizer que tal acto é válido e eficaz!!! Coisas de juristas, é caso para dizer! E é por aí que tudo anda, pelas mãos do torto, porque o direito anda arredado da realidade. E começam a aparecer indícios sérios de "sede" ou "ganas" (conforme a tendência ibérica) às instituições, as quais em vez de cumprirem o fim que lhe estava destinado, cada vez se corrompem mais e geram as mais graves ofensas. Sem mais palavras.
Atentamente continuo.
Caro Arquitecto, tenho algo a dizer-lhe, sim...
Para a próxima, fale com o Mourarix, ele resolve isso ao tabefe!
Qui gladio ferit, gladio perit.
(Quem com ferro mata, com ferro morre)
P'ra porrada o galego até cega, vai tudo a eito!
Contem comigo!
A vida tem que ser vivida com paz e harmonia e podem ficar tranquilos que não estou desesperado estou de bem com a vida, como nunca estive.
E caro arquitecto espero que tenha aprendido a lição, antes de se meter com a justiça faça bem as contas é que a justiça quando nasce só é para alguns,
os endinheirados.
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