Cenas do Deserto

Há uns dias atrás fui convidado para ir à inauguração do “Dolce Vita”, na Amadora.

Orientado pelo GPS, lá consegui chegar, ao mega empreendimento, a tempo de ouvir os discursos próprios da ocasião.

O primeiro, foi o Espanhol, que é muito amigo do nosso povo e está muito contente por poder ajudar-nos na difícil tarefa do desenvolvimento e modernidade, depois foi o Senhor do “Jumbo” que também está muito preocupado connosco e até vai fazer umas creches, seguiu-se o Raposo da Câmara da Amadora, que tratava os outros por tu e que tenta fazer o melhor pela sua população, e finalmente, foi o Ministro Pinho que achou tudo muito bem e agradeceu os cinco mil postos de trabalho criados (Não disse quantos postos de trabalho vão desaparecer nas redondezas).

Enfim...tudo muito bem e muito bonito. Gostei muito.

Ainda pensei, durante alguns segundos, naquela questão dos cinco mil postos de trabalho. Mas, a vida no deserto é mesmo assim...criam-se os oásis mas à volta deles tudo seca cada vez mais. É a vida...no deserto.

Mas hoje, quando vos conto esta história, é por outro motivo.

Sabem quem eu vi lá?

Aceitam-se apostas.

Uns “Salgados” de Lisboa andavam por lá...e muito perto do Raposo da Amadora...

Será que era uma visita social ou já estão com medo do temporal que ameaça Lisboa e estão a preparar uma “fuga estratégica” para o oásis do Raposo na Amadora?

O que acham vocês que é?