quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Chefe de Redação chamou-me à atenção.

Pois! É verdade. Mais uma vez fui chamado à atenção pela Chefe de Redação (MJ)!

Agora, diz-me que eu estou a dar um carácter político ao Blog. Isto há cada uma...eu que nunca fui político (nem correcto nem incorrecto). Eu que nunca tive partido. Eu que nunca liguei nenhuma à política. Sou, agora, apontado por estar a dar um carácter político ao Blog!

É certo que não é bem isto que me foi dito. Na verdade, a chamada de atenção tem a ver, com o facto de que, quem está de fora, poder interpretar estes textos com outras intenções. Uma coisa do género, tipo conspiração, contra o actual poder político instalado, de forma a previlegiar ou criar condições para que outro poder se instalasse ou denegrir a imagem deste ou daquele ou...ou...ou...outra coisa qualquer politica.
Ai que medo! Funcionário, política, intervenção, critica, medo, perigo, cuidado, segurança, futuro...Basta! As pessoas não falam, não comentam, não participam, porque não querem! É uma opção de cada um,que temos de respeitar. Ninguém é obrigado a falar ou comentar e ninguém é obrigado a ficar calado! Vivemos em liberdade!

Aquilo que disse e escrevi até ao momento tem o valor que tem (nenhum)! Mas o que escrevi é isso mesmo e mais nada! Não há interpretações nem intenções nem forças ocultas! Nada! E quem quiser contestar tem todo o direito de o fazer. Se eu tiver errado, pecado ou enganado alguém, evidentemente que pedirei desculpas.

Sempre tentei, desde o início, salientar o facto deste Blog ter como objectivo principal e prioritário dar visibilidade a um conjunto de injustiças que a profissão do “Arquitecto camarário” está a ser alvo! Esta é a verdade e ponto final parágrafo!

Eu sou arquitecto camarário (da CML) e não tenho que ter vergonha disso, nem o posso negar e pior ainda: "não o nego"!

Queriam que eu escrevesse para um Blogue muito politicamente correcto chamado como?
"O Arquitecto e as suas dúvidas existênciais." ou,
"Um Arquitecto à beira de um ataque de nervos." ou
"O Arquitecto que foi mas já não é da CML" ? É isto que esperavam? Seria isto o correcto? O facto de ser Arquitecto da CML há mais de vinte anos é pecado? É condenável? Um Arquitecto da CML é um cidadão de segunda que não pode emitir opinião?

Por amor de Deus...prejudicam-me economicamente, desvalorizam publicamente a minha imagem, sacam o meu dinheirinho até onde podem e ainda querem que eu esteja calado e submisso. Não! Não me peçam isso!

A minha vida foi “gasta” na CML, uma instituição que eu respeito e para a qual dei a minha vida, pelo que tenho o direito e o dever, de a honrar e defender ao contrário dos inúmeros oportunistas que ao longo dos anos se têm aproveitado dela para se promoverem, para enriquecerem e muitos deles, para darem resposta às suas “taras” e aos seus problemas psicológicos.

Lamento, mas eu sou mesmo assim! Os habitantes de Lisboa merecem muito mais do que aquilo que a Câmara de Lisboa lhes tem dado nos últimos vinte ou trinta anos! Isto não é política! Isto é a verdade!

Os Arquitectos da CML e de todas as outras Câmaras do País merecem muito mais do que aquilo que lhes tem sido dado pela Ordem dos Arquitectos desde que ela existe! Isto não é política! Isto é a verdade!

Destas verdades eu não abdico e delas falarei e escreverei enquanto puder e me deixarem.

E isto não é política é cidadania!

1 comentário:

Anónimo disse...

“A Verdade não ofende”... mas também é verdade, que falar Verdade pode soar a provocação. Mas que outra atitude para abanar consciências ou, pelo menos obrigar a reflectir sobre os factos que todos comentamos na hora do café?...
Tem razão, Arquitecto, obrigada por nos ”tirar as palavra da boca”!