A forma do exercício da autoridade é, quanto a mim, um dos graves problemas da função pública. Este problema é grave e torna-se deveras complexo na Administração Local, nomeadamente na Câmara Municipal de Lisboa.
A partir do momento em que o povo de Lisboa elegeu (sem saber) uma Vereadora chamada Margarida Magalhães – no tempo de João Soares – condenou definitivamente o Urbanismo da Autarquia à sua "extinção"! A "politização" dos quadros dirigentes – que poderia existir anteriormente – tornou-se evidente. A falta de qualidade dos dirigentes intermédios começou a tornar-se manifesta! Os funcionários começaram a não reconhecer Autoridade nas suas chefias...foi o primeiro passo!
Uma sequência de mais duas Vereadoras perfeitamente medíocres (Eduarda Napoleão e Gabriela Seara) levaram ao descalabro total. A incompetência das chefias subiu exponencialmente e a falta de reconhecimento da sua Autoridade por parte dos funcionários subordinados também.
A "cereja no topo do bolo" surgiu agora com o Arq. Manuel Salgado, que de incompetente e medíocre não tem nada. Perante uma hierarquia intermédia medíocre e politizada e um grande grupo de funcionários desmotivados e "silenciosamente" revoltados...que fez?
Adoptou uma das atitudes razoáveis e, de acordo com o seu percurso de "patrão privado", absolutamente compreensível: Tomou uma atitude autista e autoritária! Quero, posso e mando! "A partir de agora, as coisas são à minha maneira!"
Também no caso de Manuel Salgado – devido ao seu percurso profissional, aos seus interesses particulares e à sua forma de estar – os funcionários não lhe reconhecem Autoridade, mas somente Autoritarismo!
Os tempos são de Autoritarismo! E esta é a realidade com que temos que viver!
Sente-se, cada vez mais, a falta de Autoridade e o excesso do Autoritarismo!
O mau estar aumenta e ninguém sabe para onde caminha o Urbanismo de Lisboa a não ser , talvez, o Arq. Manuel Salgado.
Eu também não sei para onde caminha, mas vendo as atitudes autistas, prepotentes e autoritárias dos dirigentes máximos do urbanismo, dá-me a ideia que o resultado não venha a ser muito positivo para a Cidade de Lisboa. Pois, afinal de contas, a Câmara existe para servir a Cidade, não é? Ou será que era...?
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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