sábado, 20 de novembro de 2010

Os Nossos Medos


Um amigo enviou-me um e-mail com esta notícia, alertando-me para os riscos que estamos a correr pelos textos que aqui vamos escrevendo.

«Em Dezembro de 2008, um assalariado da empresa de engenharia Alten escreveu, de forma irónica, no seu perfil do Facebook que fazia parte do "clube dos nefastos". Dois outros funcionários responderam: "Bem vindo ao clube".A direcção da empresa, ao tomar conhecimento do que se tinha passado, despediu os três funcionários por "falta grave", considerando que a atitude dos funcionários "denegria a empresa" e "incitava à rebelião". »

A notícia saiu no Público, no "Jornal I", na TVI 24 e noutros.

À primeira vista a situação parece semelhante à nossa mas, na verdade, é totalmente diferente!
A CML não é uma Empresa! É uma instituição pública cuja direcção ou gestão é eleita por sufrágio popular.
Nós, que aqui escrevemos, para além de funcionários, somos "accionistas" desta Instituição! E isso faz toda a diferença.

Esta ideia de que os funcionários não podem ter opinião e muito menos expressá-la tem feito com que o nosso País e as nossas Autarquias tenham chegado a esta situação de impunidade total da classe dirigente e de ruptura financeira eminente.

Há que mudar rapidamente!

Nunca, neste Blog, foi escrito, fosse o que fosse, sobre um documento confidencial que tivesse como origem processos camarários que tivéssemos conhecimento através da nossa actividade como funcionários da CML. E tanto que havia para dizer e escrever...
Sempre resistimos a essa tentação!

Porém, como "accionistas desta Empresa", e vendo o que se está a passar, não podemos ficar calados!

Há coisas erradas!!! Coisas demais! Há muitas mentiras!

Nós trabalhamos para Lisboa e para os que a habitam ou que nela trabalham! Os nossos actuais dirigentes políticos, NÃO!!!

Estamos a correr riscos? Nós sabemos que sim! Mas, Lisboa merece este esforço e este risco!
E os Arquitectos da Câmara de Lisboa, e das outras Autarquias, também merecem este esforço que estamos a fazer para que exista um pouco mais de justiça e dignidade no seu exercício profissional.

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