terça-feira, 28 de julho de 2009

A ERA DOS COMPUTADORES E DO CARTÃO MULTIBANCO

Estamos na era dos computadores!

Já vi muitos filmes de ficção científica, alguns dos quais passaram a ser tão reais, que se confundem com os nossos dias, ou mesmo com tempos já passados.

Os computadores e os seus programas informáticos, começam a substituir os homens e a mandá-los para o desemprego. Há que reduzir custos. As pessoas pouco importam!

Estamos a caminhar para o dia em que basta o presidente da Câmara e os Vereadores eleitos e o homem que liga o botão do computador.

O computador recebe e aprova projectos, calcula e cobra as taxas, atende os munícipes, coloca robots nas ruas a fazer a limpeza, na recolha dos lixos, comanda o trânsito, cobra multas. Tudo sem ordenado!

Os funcionários já eram...Fica apenas um homem, o que carrega no Botão.

Eu não quero ser máquina!

Tenho sentimentos! E vida!

Quero sentir, amar, detestar, desabafar, gritar e ouvir os outros!

Detesto os computadores que não sabem ouvir!

Ás vezes é preciso encontrar o ombro amigo que nos oiça! E não a máquina que nos derruba.

Sócrates entregou o computador 1 milhão! E sentiu-se realizado! Sou o melhor Primeiro-Ministro do Mundo! Dou 1 milhão de computadores aos meus concidadãos!

Ficou todo contente! Mas esqueceu-se que deixou milhares de trabalhadores na miséria, no desemprego!

Mesmo que não tenham dinheiro para pagar a electricidade em casa, mesmo que não tenham dinheiro para pagar a conta do telefone ou outro meio de o ligar à Internet. Mas alegrem-se, têm um computador!

Agora até criou uma fundação para distribuir computadores.

Será que alguém mata a fome com o computador Magalhães?

Será que alguém se agasalha com o computador Magalhães?

Será que o Magalhães resolve os problemas de saúde de quem precisa?

O dinheiro já não se vê, é todo virtual, fazem-se pagamentos e transferências bancárias sem sair de casa, basta ir ao computador.

Há meses que não vejo uma única nota!

Pago a água, a electricidade, os telefones e os impostos nas caixas Multibanco

Faço compras nas lojas com o cartão. Vou de férias com o cartão, quem tem cartão tem tudo, quem não tem anda a pé.

Um velho, que tinha depositado o seu pé-de-meia, na Agência de um Banco, da sua Vila, chegou-se junto da caixa e quis levantar o dinheiro, que ali tinha deixado, à guarda do banco.

Depois de se identificar e preencher os formulários com a ajuda do caixa lá levantou a quantia pretendida.

Conferiu as notas e surpresa!

- Estas notas não são as minhas! As minhas notas estão todas marcadas! Eu quero as minhas notas!

E pediu para lhe trocarem as notas porque aquelas eram de outra pessoa, as suas tèm um “A” na margem esquerda.

E não arredou pé do balcão à espera que lhe devolvessem as suas notas!

A questão que hoje se põem é saber se os bancos têm o dinheiro que lá se depositou? Não as notas mas o seu valor.

Se os Portugueses fossem ao seu banco e levantassem o dinheiro que lá depositaram tenho a certeza de que não há dinheiro para todos O dinheiro já não mora no Banco!

Os bancos já não são o que eram! Já não são de fiar!

Nem os Bancos, nem os Banqueiros, nem os Administradores!

São Donas Brancas com credenciais, são lobos maus disfarçados de cordeirinhos.

O que vale é que andamos todos entretidos, com os cartões Multibanco, até um dia, em que se perca a confiança! E se acorde, deste estado sonolento!

Olha os desgraçados que tinham o dinheiro no BPP e no BPN, ficaram a chuchar no dedo! Esses acordaram tarde demais!

Os administradores comeram e transformaram as notas, levaram-nas para as firmas fictícias. Inventaram ordenados, pensões e prémios de milhões, eram os únicos.

E como é difícil mete-los na prisão! Foi tudo legal! Muito legal!

O pior é que o meu cartão bateu no fundo….saldo 0…E agora? Resta-me a satisfação de que de mim não levam nada….a conta está a… zeros

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