sábado, 10 de abril de 2010

As Prioridades de Manuel Salgado


Há uns dias atrás escrevia eu aqui, sobre as decisões e prioridades de Manuel Salgado aconselhando os visitantes a ler a entrevista publicada no Público.

A propósito da dinamização da baixa lisboeta, Manuel Salgado afirmava:

"Outro projecto que espero que avance em breve é a criação de um pólo do Museu de Serralves na Praça do Município. O BPI é sponsor de Serralves e tem uma antiga dependência neste local."
Era dado a entender que iria ser criado, em breve, um pólo do Museu de Serralves, na Praça do Município, que iria ajudar à dinamização da Baixa...

Agora, vejo, com não muita surpresa, uma notícia que, aparentemente, coloca em causa tudo aquilo que o Sr. Vereador Arquitecto Manuel Salgado disse e deu a entender na entrevista.

Vejamos alguns extractos:

«E o presidente da fundação mostra-se surpreendido com as recentes declarações do vice-presidente da autarquia, Manuel Salgado, que disse esperar que a iniciativa avance em breve, uma vez que constitui "um importante factor de animação da Baixa" lisboeta."»
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«"O que está previsto desde 2006 é que este seja um espaço para acolher pessoas que se interessem por Serralves, e não para fazer exposições", confirma o presidente do conselho de administração da fundação, Luís Braga da Cruz. "Não será um pólo do museu, mas sim um pólo da fundação, um ponto de atendimento das pessoas", esclarece.»
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«"Não tinha ideia de que o assunto estava iminente", observa Braga da Cruz, acrescentando que desde que tomou posse, em Janeiro passado, o BPI nunca lho comunicou, pelo que pensava que o projecto continuava adiado. Este responsável não conhece sequer as antigas instalações do Banco Borges & Irmão. "Mas é uma ideia muito interessante", refere.»

E, por último a "cereja que faltava no topo do bolo":

«Escusando-se a falar sobre as valências da delegação de Serralves em Lisboa, matéria que remete para a fundação, o BPI também não adianta uma data para a sua abertura. "Terá as valências que vierem a ser consideradas mais úteis", limita-se a dizer José Amaral, da comissão executiva do banco, assegurando que esta entidade não desistiu do projecto - que foi concebido no Risco, o atelier fundado por Manuel Salgado e do qual este se desvinculou quando assumiu funções na Câmara de Lisboa.»

Como todos podemos constatar, tudo isto é claro e transparente. Dentro em breve iremos ter uma Baixa lisboeta dinamizada por um "pólo" do Museu de Serralves concebido e projectado "no Risco, o atelier fundado por Manuel Salgado"...

O "Arquitecto" vai ficar à espera, sentado nas Esplanadas da Praça do Comércio, que o Sr. Vereador Arquitecto Manuel Salgado vai patrocinar e apoiar e que, eventualmente, venham a ser concebidas e projectadas "no Risco, o atelier fundado por Manuel Salgado"...

2 comentários:

sebastiao disse...

O arquitecto devia era ter vergonha na cara.
O arquitecto é um valente palhaço.
O arquitecto, se tivesse brio e trabalhasse a sério, nao perderia o seu tempo a escrever tamanhas baboseiras.
O arquitecto, se trabalhasse de facto como arquitecto, já teria sido posto na rua por escrever as palhaçadas que escreve sobre quem lhe dá emprego.

"O Arquitecto" disse...

«Olá “Sebastião”! Há muito tempo que não o via por cá!
Espero que esteja tudo bem consigo, pois parece-me que anda um pouco “nervoso” e “stressado”.
Julgo que o seu comentário não é muito correcto mas, agradeço o seu conselho de que eu deveria ter vergonha na cara.
Não gostei muito que me chamasse “valente palhaço”! Mas, como costumo dizer, “nem tudo é mau”. Ser valente é bom e palhaço nem tanto... os palhaços fazem-nos rir e, deixe que lhe diga, ao ler o seu comentário não ri... mas, antes pelo contrário, fartei-me de dar gargalhadas fortes e sonoras. Na verdade, isto está a tornar-se num país de palhaços...
Em relação ao meu brio... esqueça isso. Não interessa muito pois eu não sou vaidoso! Em relação ao trabalhar a sério... esqueça isso. Eu só sei trabalhar a fazer “bonecos e riscos”. E em relação às baboseiras... não percebi! Está-se a referir a quais? Eu sei que de vez em quando faço coisas sem saber os seus nomes. Há uns anos fiz um “monolito de ambiência tradicional” sem saber que o tinha feito. Também já me aconteceu ter feito um filho e só vir a saber uns tempitos depois. Agora, “tamanhas baboseiras”? A sério, que agradecia imenso que me dissesse onde é que eu escrevi essas coisas horrorosas...
O Sebastião não acredita mesmo que eu trabalho como Arquitecto! Pois, olhe que está enganado... sou mesmo Arquitecto! E se tivesse lido com atenção alguns textos deste Blog teria percebido que sou mesmo Arquitecto! E que trabalho em Arquitectura! E que sou funcionário da CML! E que estou farto, fartinho de ver tanta incompetência, corrupção (está na moda e fica sempre bem), compadrio e... uns palerminhas tontos a justificar todo este lamaçal onde Lisboa se encontra.

Por fim, meu caro Sebastião, tenho que lhe dizer que percebi muito bem a parte final do seu comentário. O Sebastião se mandasse já me teria posto na rua! O Sebastião se mandasse já me tinha enviado para a Sibéria! Pois é... o problema é que o Sebastião está a viver no tempo errado. Ainda não percebeu o que é Democracia? Liberdade de expressão e de opinião? Já ouviu falar e sabe o que é?

Tenho sérias dúvidas que consiga distinguir liberdade de expressão de liberdade de opinião. Será que estou enganado?

Mas a última é mesmo imperdoável! Você merecia umas reguadinhas ligeiras! Então, o Sebastião não sabe que aqueles sobre os quais “escrevo palhaçadas”, (nas suas palavras) não são os que me dão emprego? O Sebastião ainda não percebeu que eles acabaram de chegar e brevemente estarão a partir enquanto o Arquitecto(a) da CML sempre cá esteve e estará?

Não entre em stress! Tenha calma, respire fundo, conte até dez... vai ver que se vai sentir melhor.

Não seja ofensivo para ninguém. Todos nós podemos (ou deveriamos poder) dizer o que pensamos, criticando, elogiando... sei lá... emitir a nossa opinião sem medo dos “Sebastiões” deste País que não compreendem a critica e resolvem os problemas “pondo na rua” quem tem opinião diferente.

Já houve neste País, um Sebastião, que resolvia o problema com os seus opositores e pessoas com opinião contrária, mandando matá-los! Espero que saiba a quem me estou a referir...

Chega de Sebastiões!!!»