quarta-feira, 14 de abril de 2010

Uma Câmara "surreal"...

Não sei se é "Água mole em pedra dura..." ou "o crime compensa"

O Público dizia:

"A Câmara de Lisboa vai apreciar amanhã uma proposta do seu vice-presidente, Manuel Salgado, destinada a legalizar um edifício construído no Campo Grande (n.º 364) pela Universidade Lusófona, em violação do projecto aprovado. A proposta surge na sequência de um litígio, que inclui participações ao Ministério Público por "desobediência" e incumprimento de embargos. Pendente em tribunal está também uma acção na qual o município defende que a obra não é susceptível de legalização."

Não tenho comentários e quem estiver interessado pode ler no Público.

....

Escrevi este post há uma hora atrás! Mas mudei de opinião.

Afnal de contas como é que é?
O que é que os Arquitectos (onde eu me incluo) estão a fazer na Câmara?
Afinal de contas, para que é que servem todos aqueles regulamentos, Leis e Decretos Leis que V. Exas. me obrigam a ler e estudar diariamente.
Afinal de contas a porcaria de edifício em discussão cumpre a Lei ou não?
Sinceramente, acho que esta palhaçada está a atingir níveis perfeitamente insustentáveis.
O que é que a Ordem dos Arquitectos diz a isto?
Afinal, a Lei é igual para todos ou não?

Não sei quem é que tem razão!

Eu já vi tanta coisa que até é possível que o Sr. Vereador esteja cheio de razão! Mas há que esclarecer estas situações.

Será que esta atitude do Sr. Vice Presidente já faz parte da actuação da Comissão de Boas Práticas? Duvido...

São estas e outras que fazem com que os Arquitectos camarários da Gestão Urbanistica e do Planeamento Urbano estejam no estado em que estão...

Sr. Vereador, antes que aconteça alguma desgraça, é melhor contratar uns psicólogos e psiquiatras... conselho de amigo...

1 comentário:

Numerobis disse...

Xavier, no Alto do Parque não fazes casinha alguma, porque já lá está o monumental orgasmo do Cutileiro, em homenagem à esplendorosa revolução de abril...
Quanto ao mamarracho feito pela Lusófona, está-se mesmo a ver que convém legalizá-lo antes que a Assembleia da República defina o que é um "crime urbanístico"...